Está patente na Biblioteca da Escola Básica 2,3 Dr. José Lopes de Oliveira de Mortágua uma Exposição de rosas dos ventos realizadas pelos alunos das três turmas do 7.ºano. Este desafio foi proposto aos alunos, no âmbito da disciplina de Geografia, como já vem sendo tradição neste Agrupamento. Cumprindo as aprendizagens previstas para o 7.ºano, atendendo a que os alunos devem descrever a localização relativa de um lugar, em diferentes formas de representação da superfície terrestre, utilizando a rosa dos ventos, foi pedido aos alunos que, usando materiais à escolha, se possível reciclados, criassem uma rosa dos ventos. Tendo aceitado de imediato o desafio, os alunos, no dia previsto, trouxeram as rosas dos ventos que foram, entretanto, expostas na Biblioteca.
Na passada semana, de 27 a 30 de novembro, as três turmas foram à referida Biblioteca numa das aulas de Geografia e, antes de procederem à escolha das três melhores rosas dos ventos por votação, ainda ouviram um excerto do poema de Almada Negreiros intitulado de Rosa dos Ventos:
Não foi por acaso que o meu sangue que veio do sul
se cruzou com o meu sangue que veio do norte
não foi por acaso que o meu sangue que veio do oriente
encontrou o meu sangue que estava no ocidente
não foi por acaso nada do que hoje sou
desde há muitos séculos se sabia
que eu havia de ser aquele onde se juntariam todos os sangues da terra
e por isso me estimaram através da História
ansiosos por este meu resultado que até hoje foi sempre futuro.
E aqui me tendes hoje
incapaz de não amar a todos
um por um
que todos são meus e me pertencem
e por isso mesmo não lhes perdoo faltas de amor!
Mas porque maldição me não entendem
se eu os entendo a todos?
Eu sei, eu sei porquê:
Falta-lhes a eles terem, como eu, a correr-lhes pelas veias todos os sangues da terra. (…).
